Setor da Onda
Setor de Escalada Esportiva que leva o nome de uma de suas Formações de Relevo Ruiniforme, a Pedra da Onda.
Segundo o Dicionário Histórico e Geográfico dos Campos Gerais, Relevo Ruiniforme é uma Feição morfológica semelhante a ruínas, ou seja, forma de relevo que ocorre em conseqüência da erosão que esculpe principalmente os arenitos, elaborando esculturas naturais na paisagem, em conseqüência da ação da água das chuvas, do sol e da atividade biológica.Um dos exemplos mais notáveis destas feições muito típicas dos Campos Gerais ocorrem nos arenitos de Vila Velha. No Setor da Onda podem ser vistos alguns exemplos, como a Pedra da Onda e Pedra do Naufrágio.
O início do desenvolvimento como Setor de Escalada se deu no final de 2015, com a conquista da via Nariz de Poseidon (VII a), pelos escaladores Alexandre (Preto) Saad e Guilherme (Guarda) Forbeck. Em 2018, teve mais 16 vias conquistadas pelos escaladores Guilherme Forbeck e Willian Lacerda, com o apoio da Bonier Equipamentos.
O Setor da Onda fica localizado ao lado da Furna Grande, área das Furnas do Passo do Pupo. A visitação nas Furnas do Passo do Pupo inicia no Refúgio das Curucacas Ecoturismo, onde são realizados os trâmites preliminares para a visitação.
O acesso pode ser feito com veículo, bike ou por trilhas interpretativas.
O Setor da Onda possui atualmente 16 vias de escalada na Parede Principal, subdividida em Mar de Dentro e Mar de Fora.
O Mar de Dentro possui vias entre IV e VI graus, enquanto o Mar de Fora a graduação varia de VI a VIIc.
A parede principal localiza-se de frente para o oeste, ficando exposta ao sol no período da tarde.
Abaixo são mostradas as 3 páginas do croqui do setor.
Em frente à Parede Principal, há o bloco "Bob Esponja", com 3 linhas de boulder (da esquerda para a direita):
- Siriguejo (V0) - na aresta norte do bloco
- Bob Esponja (V1)
- Lula Molusco (V2)
CUIDADOS
- Deve-se ter o cuidado de só andar pela trilha. Na base do setor, há galhos e pedras delimitando a área de trânsito, para conservar a vegetação local, que é sensível e ameaçada de extinção;
- Não é permitido acampamento, fogueiras ou deixar lixo. Resíduos de frutas também devem ser recolhidos e levados embora, evitando inserir novos hábitos à fauna local e também uma possível contaminação da fauna com nossas bactérias;
- É obrigatório o uso de capacete, pode haver quebra de agarras;
- Recomenda-se também a colocação prévia do top da via a ser escalada, para fazer a virada final das vias com segurança. Todas, com exceção da “Craquinhas do Mar” e “Big Rider”, ficam expostas sem o top. É bom usar proteção na fita do top, para evitar danificar por abrasão;
- Importante ter muito cuidado com a vegetação da parede. Há uma espécie de cactus (ripsallis dissimilis) rara e ameaçada de extinção.